Handebol é Vida

O blog dos apaixonados pelo Handebol

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

O HANDEBOL COMO ENSINO PEDAGÓGICO

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

METODOLOGIA DO ENSINO DO HANDEBOL 

         Dennison Augusto Franco e Silva

Luanda de Oliveira Galdino

             Lucas Figueiredo Coelho Costa

      Rubiane Andrade do Amaral

         Stephanney Karolinne Mercer Souza Freitas de Moura

O HANDEBOL COMO ENSINO PEDAGÓGICO

             Nosso objetivo é mostrar a realidade da prática do handebol como finalidade o alto-rendimento e seus prejuízos. Nossa tese pretende fazer com que os profissionais compreendam a necessidade de um trabalho sócio-pedagógico-educacional, sem a necessidade de impor regras e limites na descoberta dos diversos desportos, de forma especial a prática do handebol em que está enraizado nosso estudo.

            Percebendo a necessidade de não apenas criarmos ídolos e campeões, mas sim, de tornar possível seu desenvolvimento cognitivo e motor através do “esporte lúdico”.

            Sabe-se que na história do esporte houve três momentos em nossa sociedade, que foram do Esporte Antigo, Moderno e Contemporâneo. No primeiro não havia campeões apenas, vencedores já que os jogos eram realizados como apostas, no segundo o objetivo principal era o alto rendimento e o terceiro estando mais preocupado com a formação de atletas. Na contemporaneidade o que deveria realmente ser feito na prática pedagógica do desporto ainda está em processo.

            O que podemos ver hoje nas escolas e principalmente em clubes de base a busca dos atletas perfeitos tendo como base ídolos, celebridades e/ou fenômenos do esporte de alto-rendimento como espelho, fazendo com que as crianças tornem-se máquinas reprodutoras de gestos e as práticas pedagógicas desportivas aplicadas de forma errada, vem sendo cada vez mais usadas. Isso reflete a busca de treinadores e de instituições por mais status na sociedade e uma melhor afirmação de seus nomes. Fruto da necessidade de auto-afirmação do sistema capitalista vigente.

            No treinamento de handebol, como nos demais, na maioria das vezes as atividades passadas não são compatíveis com os interesses dos pequeninos, fazendo com que os mesmos fiquem desmotivados e na maioria das vezes abandonando o desporto e com isso trazendo malefícios ao esporte provocando uma queda considerável de praticantes. Há quem diga que essa metodologia pode ser eficaz para descobrir novos talentos esportivos, no entanto, os danos são maiores que os benefícios. Quantos atletas talentosos e famosos temos hoje? Se nos preocupássemos em desenvolver a habilidade nas crianças, longe de um contexto imediatista, certamente teríamos um número maior de atletas e de "talentos" que se apaixonariam naturalmente por esse esporte.

            Segundo Garcia (2001), "É do conhecimento geral, que quando uma atividade desportiva com crianças, sobretudo coletiva, nunca lhe devemos dar o jogo tal como conhecemos". Temos sempre de adaptar as características físicas, psicológicas e comportamentais das mesmas.  Por tanto, isso nos mostra que o Professor de Educação Física deve "proporcionar diferentes tipos de experiências e conteúdos adequados que conduzam a criança a comportamentos técnicos, táticos e sociais o mais completo possível, assim com o mais aproximados possível da modalidade" segundo o autor.

            A criança “atleta”, em treinamento repete o gesto técnico para aprender as habilidades motoras requisitadas no handebol, (como saltar, arremessar, lançar, receber, quicar, etc) muitas vezes sem entusiasmo, corrigida com gritos e pressionada pela escola e pelos pais. Para que obtenha êxito nas competições.

            Os profissionais de Educação Física devem ter bastante cuidado nas suas aulas com alguns problemas, tais como: repetições de exercícios em demasia, propostas de ensino desmotivantes para crianças, pois tem que haver compatibilidade de interesses e evitar o esporte mecanicista dando sempre a oportunidade aos improvisos, a ludicidade e espontaneidade, é muito importante o professor dar espaço aos alunos de criarem, na iniciação por exemplo mostrar a idéia do handebol, sem regras da modalidade, mas usar da ludicidade, um instrumento valioso e atrativo para seus alunos, os deixando adaptar esses princípios a qualquer jogo, despertando assim, o interesse e a habilidade de cada um. Isso representa para o educador, que ao abordar um desporto, de forma específica o Handebol, devendo deixar as crianças livres para que aos poucos elas possam interagir com o ambiente, espaço, companheirismo, reflexo, percepção geral, enfim, apresentar de forma geral uma regra, mas deixá-las livres para vivenciar o tipo de jogo e o que ele pode proporcionar

           Deve-se ensinar este desporto para as crianças, de modo que possam ter autonomia, adquirir segurança, integrar-se socialmente, para que elas possam incorporar uma cultura de lazer com o esporte e que possa usá-lo na sua vida e tornarem-se pessoas mais saudáveis.

Os futuros professores de Educação Física têm que estudar cada vez mais para saber que muitas coisas que fazem estão erradas e para que possam mudá-las. Mesmo assim é preocupante saber que alguns professores sabem disso e, no entanto, preferem se render ao sistema. Nesse ponto a questão é ética. Precisão nesta perspectiva decidir em serem professores, na real essência da palavra, agentes transformadores de uma sociedade, ou se serão apenas meros reprodutores de práticas ultrapassadas e prejudiciais, em vista da comodidade particular.

            Ensinar handebol às crianças é muito mais do que apenas repetir treinamentos de pessoas adultas, é contribuir para sua formação integral: suas habilidades motoras, desenvolvimento físico, cognitivo, afetivo e social e que cabe aos professores o papel de encorajar seus alunos, motivando-os através de aulas mais dinâmicas e atrativas, reconhecendo a necessidade de uma melhor qualificação nos seus recursos pedagógicos e respeitando a individualidade de seus alunos.

João Pessoa,02 de dezembro de 2008


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 GARCIA, C. A. F. Mini-andebol, um projecto... Uma filosofia: Contributo para a educação desportiva da nossa juventude, Revista Digital - Buenos Aires - Ano 7 - N° 41 - Outubro de 2001.

Disponível em: 

http://www.efdeportes.com/efd41/andebol.htm
, acessado em 25 de outubro de 2008.

 BIBLIOGRAFIA

 LEITE, Werlayne S. S. Especialização precoce: os danos causados à criança, Revista Digital - Buenos Aires - Ano 12 - N° 113 - Outubro de 2007.

Disponível: em: 
http://www.efdeportes.com/efd113/especializacao-precoce-os-danos-causados-a-crianca.htm, acessado em 25 de outubro de 2008.

 

VOSER, R. C. A Criança Submetida Precocemente no Esporte: benefícios e malefícios, Portal Futsal do Brasil, Rio de janeiro-RJ, maio de 2007.

Disponível em:

http://www.futsalbrasil.com.br/artigos/artigo.php?cd_artigo=153, acessado em: 25 de outubro de 2008.

 

KUNZ, E. (1994). Duração da vida atlética de campeões nacionais de atletismo, categoria menores, e conseqüências da especialização precoce desta modalidade: estudo exploratório. Dissertação de Mestrado. Santa Maria: Universidade Federal de Santa Maria.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008


A HISTÓRIA DO HANDEBOL

Homero, na Odisséia, foi quem primeiro citou o handebol, depois foram os romanos, mas a Alemanha é quem iniciou o jogo como se conhece hoje.
O jogo de “Urânia” praticado na antiga Grécia, com uma bola do tamanho de uma maçã, usando as mãos, mas sem balizas é citado por Homero na Odisséia. Também os Romanos, segundo Cláudio Galero (130-200 DC), conheciam um jogo praticado com as mãos, “Hasparton”. Em meados do século passado (1848), o Prof. dinamarquês Holger Nielsen criou no Instituto de Ortrup, um jogo denominado “Haaddbold” determinando suas regras.Na mesma época, os tchecos conheciam jogo semelhante denominado “Hazena”. Fala-se também de um jogo similar na Irlanda, e no “Sallon”, do uruguaio Gualberto Valetta, como precursor do handebol. Todavia o Handebol, como se joga hoje, foi introduzido na última década do século passado, na Alemanha, como "Raftball". Quem o levou para o campo, em 1912, foi o alemão Hirschmann, então Secretário da Federação lnternacional de Futebol. Em 1919, o professor alemão Karl Schelenz reformulou o "Torball", alterando seu nome para "Handball" com as regras publicadas pela Federação Alemã de Ginástica para o jogo com 11 jogadores.
Início do esporte: partidas disputadas em campos de futebol.
Em 1936, foram padronizadas as regras internacionais da modalidade. No mesmo ano, o esporte entrou no programa olímpico nos Jogos de Berlim, sendo disputado em gramados de futebol. No ano de 1966, os jogos de handebol em campo gramado foram descontinuados, passando o esporte ser realizado somente em salão. Em Munique em 1972, voltou já no formato atual, em quadras de ginásios.
O Handebol no BrasilApós a I Grande Guerra Mundial, um grande número de imigrantes alemães vieram para o Brasil estabelecendo-se na região sul, trazendo consigos atividades recreativas e desportivas por eles praticadas, dentre os quais o então Handebol de Campo. O Handebol de Salão somente foi oficializado em 1954 quando a Federação Paulista de Handebol instituiu o I Torneio Aberto de Handebol. Este Handebol praticado com 7 jogadores e em um espaço menor agradou de tal maneira que a Confederação Brasileira de Desportos - CBD órgão que congregava os Desportos Amadores a nível nacional, criou um departamento de Handebol possibilitando assim a organização de torneios e campeonatos brasileiros nas várias categorias masculina e feminina.Atualmente o handebol é praticado em mais de 180 países por cerca de 31 milhões de pessoas, com pouco mais de 1 milhão de times espalhados por todo o mundo. Dessas nações, 155 são filiadas à IHF (International Handball Federation), que é a federação internacional deste esporte. Na Europa é o principal esporte, comparando-se ao Futebol. No Brasil, o Handebol é o esporte mais praticado na educação física escolas brasileiras.


Moura. S



BIBLIOGRAFIA



Silva F. A história do handebol, outubro de 2008.
Disponível em :
http://blogdohandebol.blogspot.com/


Handebol F.P. A história do handebol, outubo de 2002.



História de tudo, A história do handebol, ano 2007.